BRASÍLIA LIMPA

Seja bem-vindo ao Brasília Limpa!

Nossa cidade de tantos sotaques, sabores e culturas possui uma população digna, divertida e apaixonada. É exatamente essa paixão que nos uniu para criarmos este movimento. Nossa intenção é mostrar que Brasília é muito mais que politicagens, mandos , desmandos , falcaturas e mensalões. A sujeira e equívoco de alguns não pode de maneira nenhuma sujar nossa cidade.

Por esta razão, convocamos todos os brasilienses a usar lenços, camisas e peças de roupa branca para demonstrar que nossa cidadee sua população são limpas e comprometidas com o desenvolvimento mora e ético do nosso país. Vamo valorizr nossa autoestimade cidade modelo e capital de todos os brasileiros.

O projeto Brasília Limpa vem se desenvolvendo e se fortalecendo. Juntos alcançaremos o objetivo de limpar nossa cidade das sujeiras que poucos fazem e que infelizmente afetam a muitos .

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Arruda, o político que jogou fora sua segunda chance


É o segundo tombo na vida política de Arruda, mas esse consegue deixar o primeiro parecendo um simples tropeço. Em 2001, o então senador Arruda foi acusado de ter quebrado o sigilo da votação da sessão que cassou o mandato de Luiz Estevão de Oliveira.
Ele era líder do governo Fernando Henrique e um político em ascensão. Atendendo a um pedido do senador Antonio Carlos Magalhães, Arruda abriu um envelope com a lista dos votos de cada senador e assim soube como tinham votado os seus pares. O envelope lhe fora entregue pela diretora do serviço de informática do Senado, Regina Célia Borges.

Acusado, Arruda negou inicialmente num forte discurso no Senado. Confrontado com as evidências apresentadas no depoimento da diretora, ele subiu à tribuna e fez um dos raros discursos de confissão e arrependimento na intensa história recente dos escândalos políticos no Brasil. Chorou, admitiu o erro, disse que ao menos não era corrupto, pediu desculpas e renunciou para não ser cassado.

A partir daí começou a reconstruir sua vida política. Em 2002, foi o mais votado dos candidatos a deputado do DF, com 26% dos votos válidos. Em 2003, a denúncia contra ele pela violação do painel foi rejeitada no Supremo Tribunal Federal. Livre do fantasma do passado, em 2006 foi eleito governador.

Tudo parecia perfeito até que começaram a aparecer as fitas gravadas por Durval Barbosa, seu ex-secretário de Relações Institucionais. Reveladas em primeira mão pelo iG, as fitas são avassaladoras. Mostram que o esquema de distribuição de dinheiro sem origem e em espécie era disseminado por toda a base política do governo do Distrito Federal.

Uma das fitas mostra o próprio governador recebendo dinheiro. As cenas chocaram o País e há fortes indícios de que essa fartura monetária, que encheu meias, bolsas, bolsos, e cuecas dos políticos e empresários de Brasília venha de comissões cobradas pelo governo em seus contratos de prestação de serviços de informática.

Durval serviu também ao governo anterior de Joaquim Roriz, mas não é a única ligação entre Arruda e o velho político de Brasília, ex-senador que também já teve que renunciar ao mandato em meio a escândalo.

Arruda começou a carreira nos anos 1970 na Novacap, companhia responsável pela construção de Brasília. Nos anos 1980 foi diretor da CEB, Companhia Energética de Brasília e se aproximou de políticos que poderiam ajudá-lo em sua ascensão política: o então governador José Aparecido e depois seu sucessor Joaquim Roriz.

Virou chefe de gabinete e secretário de Obras no governo Roriz no começo da década de 1990. Com o apoio do então governador se elegeu senador em 1994 pelo PP. Foi o segundo mais votado com 301.194 votos. No ano seguinte rompeu com Roriz e filiou-se ao PSDB. Era tucano quando foi colhido pelo escândalo do painel. Depois da crise, filiou-se ao DEM para retomar sua carreira política. No novo partido foi à forra derrotando a candidata do PSDB, Maria Lourdes Abadia, na disputa para o governo do DF com mais do que o dobro dos votos no primeiro turno.

Nesta volta à política contou de novo com o apoio de Roriz, então chefe de Durval Barbosa e o manteve com poder e prestígio na sua administração até a divulgação das fitas gravadas pelo ex-auxiliar. Durval entregou as informações do que se passava no interior do governo Arruda numa negociação de delação premiada a Policia Federal. No meio do mandato rompeu de novo com Roriz.

Hoje os dois políticos estão em campos opostos, a tal ponto que a derrocada de Arruda poderá favorecer os planos políticos de Roriz. Mas basta um olhar mais atento para se perceber os vários pontos de contatos e a coincidência de métodos e pessoal entre os dois governos.

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